Júlia Rosenberg
- Isabela Salgado
- 9 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
Hoje eu venho aqui para falar de um assunto que a princípio não é sobre educação. Mas acredito que com o decorrer do meu relato a gente mude de ideia.
Uma jovem, filha de pai inglês e mãe brasileira, Julia Rosenberg, 21 anos, estudante de veterinária, foi assassinada numa trilha em Maresias/Pauba, no litoral de São Paulo.
Não vou entrar em detalhes porque o fato em si já é suficientemente trágico. E não consigo saber como uma mãe e um pai consegue sobreviver depois disso. Eu não conseguiria.
Infelizmente no Brasil as leis para esse tipo de crime são muito brandas. Se fossem mais rígidas, com certeza o número de casos diminuiria. A violência é algo cultivado, transmitido, ensinado. E por isso tem a ver com educação.
Quando um rapaz é criado, por pais e mães, lhes ensinam que o corpo da mulher, sua alma e mente, lhe pertence. Isso é ensinado, calcado nas mentes de pequenos garotinhos, que crescem acreditando que são nossos donos, proprietários. Esses homens, essa criação, precisa ser abandonada de uma vez por todas. Claro que a maioria dos homens não mata suas mulheres. Ainda. Mas o número de assassinatos é muito grande, mostrando que ainda hoje a mulher não é livre para ir e vir. O caso evidencia que mulher caminhando sozinha na praia é alvo fácil. Provavelmente se estivesse na companhia do namorado estivesse viva. Talvez.
Os homens precisam de uma nova educação. Educação é tudo. A prova esta ai na nossa cara. Homens educados, instruídos, que aprendem ter empatia pelo próximo, não saem por aí matando pessoas. Muito menos mulheres. Homens sensíveis batalham por um mundo melhor, diverso, pleno.
Uma tragédia sem fim. E as leis continuam dando brechas para estes fascinoras.
Vá em paz Júlia. Vai com Deus.
E nós, mulheres que aqui ficamos, vamos continuar lutando por um mundo onde sejamos totalmente LIVRES!

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